Espaço inaugurado em SP vai acelerar IoT, Blockchain e computação cognitiva
A IBM deu ontem (15/02) mais um passo importante para facilitar e acelerar a adoção de tecnologias emergentes no Brasil como Internet das Coisas (IoT), Blockchain (moeda virtual) e computação cognitiva: a inauguração do espaço Garagem 11.57.
“Garagem” é bastante sugestivo. Reitera a renovação do perfil da empresa, cada vez mais irreverente, bem distante da imagem tradicional, em linha com o revolucionário Watson – plataforma cognitiva da IBM.
“Esse nome é muito conveniente. Remete à criatividade, à construção, à colaboração. Muitas histórias de empreendedorismo aconteceram em garagens, como sabemos”, diz Agostinho Vilella, CTO do ISST e gerente do Client Center da IBM América Latina.
Mas por que 11.57? Porque o espaço está localizado na sede da IBM, à Rua Tutóia “1157”, em São Paulo. “O ponto no meio do número fica mais fácil de pronunciar e dá a ideia de código”, completa o executivo.
“Por trás da transformação digital, que mudou indústria, governo, pessoas, tudo, está a computação cognitiva, que simula hipóteses e aprende com o uso”, diz Mauro D’Angelo, diretor de Soluções de Indústria da IBM Brasil.
Com isso, tecnologias emergentes se integraram ao conceito e caminham juntas na proposta da Garagem 11.57, prossegue D’Angelo. “Assim, o objetivo é acelerar projetos apoiados em IoT, computação cognitiva e Blockchain”, reforça o executivo, acrescentando que a iniciativa nasceu motivada pela demanda crescente dos clientes que desejavam testar suas ideias para os negócios, antes de partir direto para a implementação, sem garantias de resultados positivos.
O que é o Garagem 11.57?
Vilella o descreve como um espaço criado para o desenvolvimento ágil (com entregas entre quatro e oito semanas) de inovação em Bluemix – que permite às organizações e desenvolvedores criar, implementar e gerenciar aplicativos na nuvem de maneira simplificada e rápida. E é habitado por profissionais desenvolvedores IBM agora chamados de “garagistas” – operadores obstinados da inovação.
“É uma implementação da arquitetura de nuvem aberta da IBM, baseada em Cloud Foundry (PaaS de código aberto)”, completa Christina Brunner, executiva da área de Vendas e Estratégia de Bluemix da IBM Brasil. “É um mercadão de APIs”, resume Christina.
“Os desenvolvedores ficam fascinados com o amplo universo que é o Bluemix para os seus trabalhos”, ela destaca. É, na verdade, um grande atrativo, indo ao encontro da estratégia da IBM, que está sendo reforçada nesta semana no PartnerWorld Leadership Conference, evento voltado a parceiros da companhia, que teve início no dia 13 deste mês e finaliza hoje (16/02), em Las Vegas, nos Estados Unidos – com nada menos do que 740 parceiros de 78 países.
Na reportagem de Guilherme Borini, da IT Mídia, que realiza a cobertura da conferência a convite da IBM, a nova estratégia da Big Blue é se aproximar cada vez mais de desenvolvedores, transformando-se em uma empresa mais aberta a inovações e próxima de parceiros. Prova disso são as reformulações no programa de canais, que busca “líderes cognitivos”.
Antes de estacionar
O Garagem 11.57 não tem meta de lucro. “É um projeto que visa ser a porta de entrada para instigar projetos grandiosos. Não é gratuito, mas não objetiva lucro. Os resultados que pode proporcionar vão muito além da unidade”, diz Vilella.
As ideias trazidas pelos clientes e não clientes, antes de serem repassadas para a Garagem, passam por uma reunião de debates para que sejam validadas, ou seja, para que ganhem o passaporte para atravessarem a ponte rumo à 11.57. Essa fase é classificada como Design Thinking.
A novidade acontece perto de a IBM completar um século de atuação no Brasil. Acabou por presentear o País com o pioneirismo do projeto Garagem na América Latina. Segundo Vilella, se os resultados forem positivos, como o previsto, a inovação irá se estender para outros países da região.
Fonte: itforum365