Em visita aos laboratórios do CNPEM, ela afirmou que o Sirius representa o desenvolvimento da ciência brasileira. Para o diretor do LNLS, a ciência ajuda a resolver os problemas estratégicos do país.
A ministra em exercício da Ciência, Tecnologia e Inovação, Emília Ribeiro, visitou nesta sexta-feira (29) os laboratórios do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP). Durante a visita, a ministra pode acompanhar o avanço das obras do Sirius, o novo acelerador de partículas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), com a conclusão das obras prevista para 2018, e inaugurar novas instalações do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano).
Acompanhada dos diretores dos laboratórios, a ministra destacou a importância do Sirius para o desenvolvimento científico do país. “O Brasil está se diferenciando em pesquisa com o projeto Sirius. Esta obra representa o desenvolvimento da ciência no país e será completada em 2018, com o empenho do governo federal”, afirmou.
“Ontem fizemos uma reunião para fazer um balanço de tudo que foi realizado no segundo mandato da presidenta [Dilma Rousseff] e de tudo que ainda precisa ser concluído nos próximos três anos. Temos muito a fazer. Estamos concentrados em produzir a ciência que o país precisa, como é o caso desta obra”, acrescentou a ministra.
O diretor do LNLS, Antônio José Roque da Silva, conduziu a visita pelo laboratório, ressaltando que o síncrotron instalado atualmente é o único da América Latina e completará 20 anos de operação no ano que vem, atendendo 1.200 pesquisadores.
“Todo o desenvolvimento do síncrotron, o atual e desse novo campus como um todo, depende do apoio do MCTI”, disse. “É importante termos o ministério fortalecido, porque a ciência é o que nos ajuda a resolver os problemas estratégicos do país.”
Acompanharam a visita da ministra o presidente do Conselho de Administração do CNPEM, Rogério Cerqueira Leite, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), Renato Cotta, e os diretores do LNLS, Antonio José Roque, do LNBio, Kleber Franchini, do LNNano, Marcelo Knobel, e do CTBE, Paulo Mazzafera, além do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Luiz Curi.
Luz Síncroton. Ao menos a parte no espectro visível.
Novas instalações
Durante a visita, a ministra Emília Ribeiro e o presidente do Inep, Luiz Curi, representando o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, inauguraram as novas instalações do Laboratório Nacional de Nanotecnologia. Chamada de sala limpa, o ambiente controlado é livre de contaminantes atmosféricos, como poeira, vapores, microorganismos e partículas suspensas.
Segundo o coordenador de grupo de pesquisa do LNNano, Carlos César Bufon, a nova sala complementa a infraestrutura de pesquisa e permite agregar valor aos nanomateriais, transformando-os em dispositivos, por exemplo.
“Estas instalações nos dão a liberdade de produzir nanodispositivos, que se utilizam das propriedades dos nanomateriais, da estrutura da matéria. Nós trabalhamos com matéria orgânica e inorgânica e transformamos isso em dispositivos funcionais que atendem a demandas de setores estratégicos”, explicou.
Recentemente, a sala limpa do LNNano foi utilizada para o desenvolvimento de um biosensor capaz de detectar moléculas relacionadas a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e alguns tipos de câncer.
FONTE : MCTI