O início de toda atividade empresarial é complicado: demanda investimento financeiro e técnico. Neste contexto, no âmbito das startups, esses fatores são ainda mais complexos, porque, geralmente, tais negócios nascem em ambientes informais e nem sempre com as verbas necessárias para o desenvolvimento do projeto. É diante desse cenário que se revela a o investidor anjo. Frente a necessidade de organização para o desempenho da atividade, cabe destacar a importância do recebimento de aportes financeiros para o crescimento de alguns projetos. Afinal, nem sempre os sócios possuem dinheiro para investir e desenvolver por bootstrapping (com recursos próprios). Acompanhando essa problemática, […]
O início de toda atividade empresarial é complicado: demanda investimento financeiro e técnico. Neste contexto, no âmbito das startups, esses fatores são ainda mais complexos, porque, geralmente, tais negócios nascem em ambientes informais e nem sempre com as verbas necessárias para o desenvolvimento do projeto. É diante desse cenário que se revela a o investidor anjo.
Frente a necessidade de organização para o desempenho da atividade, cabe destacar a importância do recebimento de aportes financeiros para o crescimento de alguns projetos. Afinal, nem sempre os sócios possuem dinheiro para investir e desenvolver por bootstrapping (com recursos próprios).
Acompanhando essa problemática, é muito difícil conseguir empréstimos junto a instituições financeiras ou bancos de fomento a atividades comerciais. Soma-se isso ao fato dos juros dos contratos de mútuo nem sempre serem favoráveis, o que pode culminar na consolidação de uma dívida que inviabilize a startup.
Nesse momento, entra em cena a figura do investidor-anjo, o qual vem sendo cada vez mais prestigiado por sua importância nos ecossistemas de inovação.
O Investidor Anjo é uma figura atípica na relação empresarial. Isso porque, ele tem um papel singular, podendo participar de inúmeras formas no empreendimento.
Dentre suas características e atividades estão a realização de aportes financeiros na startup em fase inicial, auxílio aos empreendedores atuando como um mentor ou conselheiro, participação ativa na gestão do projeto, recebimento de percentuais sobre o lucro ou participação acionária, entre outras, tudo isso sem se tornar sócio formal do empreendimento.
E esse é o grande perfil do investidor-anjo, fomentar o crescimento da startup com capital e conhecimento, sem se vincular a ela, minimizando assim seus riscos caso a atividade não progrida.
A principal função do anjo é de fomentar o crescimento da startup. E, por isso mesmo, ele costumam aparecer na vida das startups promissoras para viabilizar o negócio e auferirem lucro e reconhecimento com a operação.
Alguns casos deste tipo de investimento são conhecidos em todo o mundo, dos quais destacamos o da Google, Facebook e Apple.
No caso da Apple, o investidor anjo chamado Mike Makkula, que era ex gerente da Intel, teve um papel fundamental de apoio para garantir o sucesso da marca, tanto com aportes financeiros, quanto como um mentor dos empreendedores.
Cabe relembrar que a Apple, em menos de 3 (três) anos de funcionamento já tinha mais de 1.000 (mil) funcionários, com um faturamento de aproximadamente 200 milhões de dólares.
Apesar disso, a função do anjo não é apenas a de investir dinheiro na empresa, mas também emprestar experiência, conhecimento, aprendizado. É também, trazer para o projeto a sua rede de contatos, aumentando de forma significativa as chances de sucesso da startup.
Neste contexto está a ideia de Smart Money (do inglês, “dinheiro inteligente”), uma vez que é de extrema importância para a startup que o investidor também consiga agregar conhecimento, networking e experiência, além do capital aportado, razão pela qual os investidores que já tenham envolvimento no ramo de atuação da startup são mais interessantes.
Atualmente, tendo em vista a importância de investimentos para estes projetos inovadores, a legislação vem criando mecanismos que facilitam a captação desse tipo de recurso. Um bom exemplo é a Lei Complementar n. 155/2016, a qual possibilita o recebimento de investimento pelas sociedades, sem necessidade do ingresso do investidor no quadro societário da startup, além de afastar a responsabilidade em relação aos riscos da atividade.
Diante da relevância do papel do Investidor Anjo, é comum que os empreendedores que buscam investimento tenham uma série de dúvidas. Assim, iremos preparar uma série de artigos para responder as dúvidas mais recorrentes, tais como:
- Como encontrar investidor para o projeto?
- Como convencê-lo a investir?
- Preciso de um pitch pra isso?
- Como estar seguro na negociação?
- Como viabilizar o ingresso de capital na sociedade?
- Qual o instrumento ideal para captação do investimento?
- Preciso de uma assessoria jurídica para me auxiliar na operação?
Fonte: startse